quarta-feira

O Homem que não pode morrer

Começa por ser o escolhido pela comunidade, um entre outros para servir como diácono. Cheio de graça de poder e de prodígios. Ele era um pregador que andava a pregar nas sinagogas (isto revela que ainda não se tinha dado a cisão do cristianismo com o judaismo).
Quando ao mentir sobre a sua vida quiseram retirar a sua dignidade o seu rosto não se aparentava senão com um anjo. Estêvão é um homem com sabedoria pois conhecia a escritura e o seu sentido pois não a lia de modo aleatório ou fragmentário mas dando-lhe um sentido. Tem em si a coragem para afrontar os sacerdotes. Ele apresenta-se como profeta para aqueles que o acusavam, e pede o salto que outros conseguiram dar para coisas que pareciam pouco possíveis de acontecer.
Mas aqueles que reconheceram o seu rosto como o de um anjo(6,15), não reconhecem que a sua mensagem(7,53).
Este homem está por Deus pois é o próprio Deus que se lhe oferece a ver.
Estêvão acaba por neste texto dos actos revelar a presença de Paulo contra os cristãos. Mas mesmo apedrejado confiava no Senhor e permanece misericordioso como o seu Senhor.

Não pode morrer, somente pode descansar dos trabalhos da sua paixão, pois o céu lhe será atribuído como justiça.

Um comentário:

Cátia Sofia Tuna disse...

"Mas aqueles que reconheceram o seu rosto como o de um anjo(6,15), não reconhecem que a sua mensagem"
Gostei muito desta frase, Miguel.