quarta-feira

A casa sofrida dos Paroikoi



Os Paroikoi, aos quais é destinada a primeira carta de Pedro, dão-nos a informação de que o cristianismo nascente dá-se de modo exterior à sociedade de então. Esta "falta de casa" como o próprio nome indica acaba por ser o que lhes concede a identidade. Aqui entra a pessoalidade como algo especifico deste grupo e que torna possível o individual, pois cada um pode ser o testemunha. A pedra que é rejeitada por tdos pode valer, porque Deus a faz valer.
A casa dos cristãos é topos e ethos porque Cristo a constitui assim e se não estão em Cristo não fazem parte desta casa, trata-se aqui de perceber o que é estar “em Cristo” 5,14.
A realidade do sofrimento era algo que estava presente nos paroikoi, devido às perseguições e mesmo ao seu estado marginal e obviamente no que se refere ao pecado.
Cristo aparece para os cistãos como modelo (4,1), e este sofrimento é apresentado paradoxalmente como uma experiência de graça e de Salvação (1,6-9).
Estes sofrimentos eram vividos na expectativa de da glória (1,11 e 4,13).
Em verdade o sofrimento descrito e proposto na 1ª carta de Pedro é a realidade que concede coesão aos paroikoi, pois orientando o seu sofrimento para o Senhor concedia-lhes força e coesão. O Espírito Santo seve-se destas realidades conflituosas e ofensivas para nos irmanar.

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