sábado

Actos como história.
Os Actos dos Apóstolos são escritos pelo autor como as histórias com a pretenção de serem verdadeiras e com o fim de propagar uma nova doutrina. Até que ponto são histórias verdadeiras e até que ponto importa se são verdadeiras?
O objectivo do autor é fazer memória, criar um "mito de origem". Só tendo as referências do passado se pode viver o presente e pensar-se o futuro. E quanto mais glorioso for o passado (da Igreja, neste caso) mais direito ela tem de existir no presente e no futuro.
Os países, partidos, Igreja, cada um de nós necessitamos de ter uma história pessoal para mostrá-la aos outros e valorizar-se a si próprios.
Só os santos não precisam das histórias (talvez por isso são livres). Mas os santos têm fé, pelo menos assim pensamos. Será que os Actos dos Apostolos são uns contos sobre a fé e será que podem ajudar à nossa pouca (ou nenhuma) fé?

3 comentários:

vitorino disse...

Seguindo de perto os caminhos trilhados pelo Paulo e o martirio de Estevão,e aquela surpresa que Paulo teve a caminho de Dâmasco,claro que os Actos aumentam a nossa fé.

Helena Franco disse...

BOM POST!
VASYL, Desde sábado que ando para colocar aqui um comentário ao teu post, que me tocou profundamente. Contigo, descobri que os santos não precisam da história. Nós, porém, precisamos da história dos santos. Na verdade, cada um deles é farol a orientar-nos nas nossas trajectórias para Deus. O teu post é, pois, um importante contributo para a nossa espiritualidade, a qual é a base dos estudos de Teologia.

Cátia Sofia Tuna disse...

"quanto mais glorioso for o passado (da Igreja, neste caso) mais direito ela tem de existir no presente e no futuro." - a frase está muito interessante, Vasyl.