sexta-feira

Personagem: Filipe de Cesareia

O personagem do helenista Filipe surge-nos em diferentes micro-relatos, movendo-se em diversos tempos, espaços físicos e sociais.
No micro-relato da escolha dos sete que iriam auxiliar os Apóstolos, Filipe, tal como os outros seis, é apresentado como homem de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria (cf.l Act 6,3). Feito esta caracterização directa, o leitor sente-se, de imediato, identificado com o personagem, estabelecendo com ele uma relação de empatia.
Após a dispersão que se seguiu ao martírio de Estêvão, vamos reencontrá-lo em Samaria pregando a Boa Nova e fazendo muitas conversões. Entre os muitos que foram por ele baptizados, está Simão - um mágico que de oponente passa a adjuvante do nosso personagem (cf. Act 8,9-13).
O nó da tessitura da narrativa surge sem intenção e o encaixe da conversão de Simão mostra força com que o Espírito Santo actuava através de Filipe.
Em Act 8,26-38, é-nos relatado o encontro com o eunuco etíope na estrada que vai para Garça. Filipe, depois de lhe explicar as Escrituras, anuncia-lhe a Boa Nova com tal sabedoria que aquele pede o baptismo.
Prosseguindo, passa por Azoto e chega a Cesareia (cf. Act 8,40), onde terá, mais tarde, um encontro com Paulo que se dirigia para Jerusalém (Act 21,8).
Este encontro reúne dois grandes evangelizadores dos Gentios.
O nosso personagem, caracterizado sob vários aspectos, vai evoluindo, daí que se trate de um personagem "redondo".

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