domingo

Em poucas linhas...


Os “Actos dos Apóstolos” iniciam-se com o relato das aparições de Jesus, que culminam na ascensão preanunciado a sua última vinda. Jesus ordenou aos Apóstolos que não saíssem de Jerusalém, e assim, esta comunidade crente, procurava estruturar-se como verificamos na substituição de Judas por Matias. Lá, juntamente com Maria, Mãe de Jesus, recebem o Espírito Santo, que os impulsionou com entusiasmo a anunciar Jesus e a realizar milagres. A comunidade crescia, permanecendo firme mesmo enfrentando as perseguições movidas pelo Sinédrio e até a morte, como acontece a Estêvão, um dos sete escolhidos para a diaconia.
Entretanto, Saulo (ou Paulo), que era um defensor da tradição judaica, vê uma luz, que é Jesus, a quem ele persegue e integra-se na comunidade crente. Por outro lado, Pedro vê-se impelido a entrar no mundo dos gentios visitando Cornélio, um centurião romano, onde percebe que o Espírito Santo também é para os gentios. Estes momentos inserem-se na discussão acerca das fronteiras da Igreja, pois foi grande o sucesso da missão de Barnabé e Paulo, culminando no concílio de Jerusalém. Paulo, desentende-se com Barnabé, mas continua as suas viagens com Silas, anunciando Jesus vivo, operando milagres e conversões. Atravessa a Ásia Menor, indo a Filipos, a Tessalónica, a Beréia, Corinto, Éfeso, Antioquia… e Atenas onde fala no Areópago. Enfrentando várias perseguições, acaba preso em Jerusalém e é deportado para Roma. Durante a viagem acaba por permanecer algum tempo em Malta devido a um naufrágio. Uma vez chegado a Roma, estando preso em sua casa, volta a dar testemunho do Reino junto dos judeus afirmando que o Reino também é acessível aos gentios.

2 comentários:

Helena Franco disse...

O nosso comentário consiste em tomar os fios e realçar as cores do bonito tecido que constitui o post ititulado "em poucas linhas...".
O autor faz uma escolha feliz, quer do título do post, quer da imagem, pois ambos captam e atraem o nosso olhar.
O fio mais longo que atravessa o post tem uma tonalidade eclesial, uma vez que o autor (Ricardo Pinto) está movido por uma inquietação com a comunidade, afirmando que ela "procurava estruturar-se", "crescia, permanecendo firme mesmo enfrentando perseguições". Este fio passa pela figura de Saulo (Paulo)que se acaba por integrar na comunidade.
Outro fio, passando pela figura de Pedro, cruza com a figura de Cornélio. A conversão de Cornélio está aqui implícita, pois o Ricardo Pinto acentua força do discurso e "em poucas linhas..." já não fala de comunidade, mas de Igreja. Quais são as fronteiras da Igreja? O Ricardo Pinto tece, agora, o seu discurso, ao longo das viagens de Paulo. O autor, como no caso da comunidade, fala das perseguições que Paulo enfrenta e, por fim, fala do testemunho.
As cores usadas pelo Ricardo Pinto são estas: Jesus, Jesus vivo, Espírito Santo e Reino. E, entre estas cores, a cor da universalidade da Igreja sobressai.
É um prazer tocar no tecido que constitui "em pouca linhas..." porque os fios são fortes e as cores vibrantes.

Ricardo Pinto disse...

Obrigado Helena... O teu comentário é estimulante! Resumi os Actos imaginando uma grande tela diante da qual parei e contemplei... e é como dizes: «os fios são fortes e as cores vibrantes»!!