Um post é sempre um corredor de palavras ao qual o prazer da descoberta nos traz.
O poeta austríaco Rainer Maria Rilke cria, em torno de enigmáticos anjos, uma poesia em busca da salvação.
“Os anjos são de Rilke” dirá Manuel Alegre. E, na verdade, o filme “Asas do Desejo” rodado em 1987 do cineasta alemão Wim Wenders terá sido inspirado nas “Elegias de Duíno” de Rilke.
Em “Asas do Desejo”, o anjo Damiel (Bruno Ganz) quando se torna humano por amor a uma mulher diz: “Eu agora sei o que nenhum anjo sabe”.
“Ein jeder Engel ist schrecklich”, isto é, “Todo o anjo é terrível” como diz Rilke, na nona Elegia, pois não é possível separar a beleza do terror nem a vida da morte. Mas, a nossa condição humana é de ambivalência. É nos anjos que há indissolúvel unidade.
No entanto, os anjos de Rilke não são cristãos porque a Palavra não é a sua substância.
O Anjo do Senhor - personagem do corpo literário bíblico e, de modo mais preciso, dos Actos dos Apóstolos – é um ser atravessado pela Palavra (Logos criador). O Senhor Jesus, por amor, assume a condição humana e o Anjo torna-se tão próximo dos Homens quanto de Deus. A teofania, ou seja, a autorevelação de Deus tem, certamente, as formas de um Anjo.
O poeta austríaco Rainer Maria Rilke cria, em torno de enigmáticos anjos, uma poesia em busca da salvação.
“Os anjos são de Rilke” dirá Manuel Alegre. E, na verdade, o filme “Asas do Desejo” rodado em 1987 do cineasta alemão Wim Wenders terá sido inspirado nas “Elegias de Duíno” de Rilke.
Em “Asas do Desejo”, o anjo Damiel (Bruno Ganz) quando se torna humano por amor a uma mulher diz: “Eu agora sei o que nenhum anjo sabe”.
“Ein jeder Engel ist schrecklich”, isto é, “Todo o anjo é terrível” como diz Rilke, na nona Elegia, pois não é possível separar a beleza do terror nem a vida da morte. Mas, a nossa condição humana é de ambivalência. É nos anjos que há indissolúvel unidade.
No entanto, os anjos de Rilke não são cristãos porque a Palavra não é a sua substância.
O Anjo do Senhor - personagem do corpo literário bíblico e, de modo mais preciso, dos Actos dos Apóstolos – é um ser atravessado pela Palavra (Logos criador). O Senhor Jesus, por amor, assume a condição humana e o Anjo torna-se tão próximo dos Homens quanto de Deus. A teofania, ou seja, a autorevelação de Deus tem, certamente, as formas de um Anjo.
Podemos notar que Lucas, o autor dos Actos dos Apóstolos, situa o Anjo do Senhor no ciclo petrino. Este facto há-de estar, na sua essência, profundamente ligado à Confissão de Pedro, nos Evangelhos Sinópticos (Mt 16,16: Mc 8,29; Lc 9,20).
Para terminar, os leitores da nossa comunidade poderão tomar contacto com uma angeologia que, em nosso entender, é cristológica, nestas secções bíblicas dos Actos dos Apóstolos:
- 1,6-11
- 5,18-21
- 7,30-35
- 8,26-40
- 10,1-11,18
- 12,6-25
BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL: CARRELL, P. R., Jesus and the angels, Angeology and the christology of the Apocalypse of John, Cambridge: Universitary Press, 1997; NUNES Jr, A., O Invísivel como salvação própria in
http://www.cronopros.com.br/- 5,18-21
- 7,30-35
- 8,26-40
- 10,1-11,18
- 12,6-25
BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL: CARRELL, P. R., Jesus and the angels, Angeology and the christology of the Apocalypse of John, Cambridge: Universitary Press, 1997; NUNES Jr, A., O Invísivel como salvação própria in
HELENA FRANCO
2007-10-13