Barjesus ao ser chamado falso profeta sugere que ele tenha sido consultor do procônsul, o que não é nenhuma admiração até porque era habitual entre os romanos haverem pessoas ligadas ao judaísmo. Os judeus tinham uma boa reputação no Império em relação à interpretação do religioso, de sinais, de adivinhar coisas que iriam suceder. Há vários relatos bíblicos que nos mostram precisamente a importância que tinham para os romanos como podemos verificar em Act 23, 24 com o mago judeu Átomos de Chipre, de cuja intervenção valeu muito ao procurador Félix para obter assim a mão da princesa judia Drusila.
Em Act 13,8 aparece dois nomes acerca da mesma personagem. Primeiro Lucas diz-nos que Elimas se traduz como “mago”. Elimas na sua forma original não é um nome grego, dado que Lucas tenha feito uma tradução semelhante do aramaico que significa “sábio”. O que é claro é que Lucas com isto não esta a dizer-nos a tradução ou o significado do nome próprio do mago, Barjesus. O seu nome próprio aparece no versículo 6b: Barjesus. Da mesma forma que Lucas designa ao procônsul pagão um “nome duplo”, Sérgio Paulo, da mesma forma o fez com o mago judeu dando-lhe um “nome duplo”, o nome próprio Barjesus (filho/discípulo de Jesus) e o sobrenome Elimas, que em aramaico significa sábio e que Lucas traduz como mago.
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