segunda-feira

Timóteo

Timóteo:
16,1-4
17,14-15
18,5
19,22
20,4
Timóteo é uma personagem pouco desenvolvida nos Actos dos Apóstolos, embora seja mencionado várias vezes. Em 16,1 é descrito como "filho de judia crente e pai grego" e 20,4 diz-nos que provém da província da Ásia. Timóteo acompanhou Paulo nas suas viagens e foi circuncidado no início do seu discipulado, por ter pai grego. Quando Paulo foge para Atenas em 17,15, Timóteo fica em Tessalónica com o pedido de orar e de ir ter com Paulo o mais rapidamente possível. Até o fim do capítulo Timóteo vai a Macedónia três vezes: Em 18,5 encontra-se com Paulo em Macedónia onde Paulo "entregou-se à pregação" e em 19,22 e 20,4 acompanha Paulo de novo à Macedónia.

A EXCELÊNCIA DO MARTÍRIO: ESTÊVÃO, O CRISTÃO ATÉ AO FIM

Esta personagem aparece referenciada nas seguintes passagens: 6, 5-9; 7, 59; 8,2; 11, 19; 22, 20.
Estêvão – cristão helénico – surge no livro dos Actos como um homem de grande fé. Foi escolhido para o serviço dos seus irmãos de origem helénica.
A sua cultura grega permitia-lhe articular o pensamento grego com a fé cristã de maneira tão eficaz, que era difícil para os adversários conseguirem refutá-lo. A sua pregação era, por isso, bastante convincente: o livro dos Actos salienta que estava cheio de graça e de força (frutos da acção do Espírito).
Perante as ameaças com que foi injustamente acusado, é de frisar a serenidade e a calma com que as enfrentava e suportava. No Sinédrio, aquando do interrogatório, esta personagem não se envergonha da fé em Cristo. Pela segunda vez, o “génio” de Estêvão vem ao de cima: o percurso por ele traçado – desde o Antigo Testamento até ao cumprimento das promessas de Deus em Jesus Cristo – culmina com a censura aos judeus por testemunharem falsamente contra Jesus e por serem responsáveis pela sua morte.
Duas outras características poder-se-iam introduzir no perfil de Estêvão. Em primeiro lugar, a coragem, que o levou a dar testemunho público da sua fé; em segundo lugar, uma inabalável confiança, que o levou a não ter receio de enfrentar as consequências desse belíssimo testemunho.
A rede de relações desta personagem compreende, naturalmente, a comunidade cristã helénica (para a qual ele foi escolhido para o serviço diário), mas possivelmente os outros eleitos nesse serviço, os habitantes de Jerusalém (alvo das suas pregações), os chefes do povo e autoridades máximas do Sinédrio.

Personagem dos Actos dos Apóstolos

A personagem que escolhi é Filipe, o diácono. Ele faz parte dos sete diáconos escolhidos dos cristãos helenistas o seu nome aparece doze vezes: em At 6, 5; 8, 6; 8,12; 8, 26; 8, 30; 8, 31; 8, 34; 8, 35; 8, 38; 8, 38; 8, 39 e 8, 40. Estes diáconos foram escolhidos para responder às necessidades crescentes da Igreja nascente, em especial dos cristãos helenistas que se queixavam de que as suas viúvas eram esquecidas na distribuição diária.
Filipe, tal como os outros diáconos é descrito por Lucas como homem de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Tudo o que podemos dizer para caracterizá-lo é, portanto, a partir da sua acção missionária. Esta é, depois da de Estêvão, a mais descrita de todos os diáconos, o que nos pode revelar até que ponto foi relevante para a propagação do evangelho. Graças a Filipe o evangelho penetra na Samaria, o que quer dizer que o diácono rapidamente percebeu a universalidade do evangelho, sendo a Samaria uma região de judeus considerados hereges. O livro dos actos dos apóstolos diz-nos que muitos se convertiam perante a sua pregação o que leva-nos a supor que, desde muito cedo, Filipe tenha desempenhado um papel central nos primeiros tempos de evangelização.
O episódio mais destacado pelo livro é o da conversão do Eunuco. Neste, o diácono expõe a Boa Nova a partir das Sagradas Escrituras ao etíope que acaba por pedir o baptismo. Desta passagem podemos deduzir que Filipe, para além de ser versado nas Escrituras, era um homem especialmente escolhido por Deus, o qual lhe envia um anjo para lhe dizer o que tem de fazer e, no final do relato, o arrebata.

Resumo do livro dos Actos dos Apóstolos

Depois de dar as últimas indicações, Jesus, é elevado aos céus diante dos apóstolos. Estes reunidos com Maria, procedem à substituição de Judas Iscariotes. Em seguida estando cento e vinte reunidos e sendo o tempo de Pentecostes desceu sobre todos o espírito Santo e começaram a anunciar a Boa Nova. Perante o anúncio muitas pessoas se convertem, fortalecida a primeira comunidade mostra-se assídua “à comunhão fraterna, a fracção do pão e às orações”. Os apóstolos vão também fazendo milagres, confirmando o seu anúncio. Ao mesmo tempo são perseguidos pelas autoridades do tempo achando-se felizes por poderem sofrer em nome de Jesus. Rapidamente o número dos convertidos aumenta e também a perseguição, culminando na primeira morte de um cristão: Estêvão, que é apedrejado e à qual assiste Saulo. De Jerusalém a pregação estende-se, através de Filipe, para a Samaria aonde a Boa Nova é acolhida com entusiasmo. O anúncio da Boa Nova prossegue e Pedro anuncia pela primeira vez aos gentios, depois de ser iluminado por uma visão de que Deus não faz acepção de pessoas. Os que se dispersaram depois da morte de Estêvão fundam a comunidade de Antioquia. Saulo encontra-se com Jesus ressuscitado a caminho de Damasco e converte-se passando a chamar-se Paulo, com Barnabé evangelizam toda a Ásia Menor e a Grécia anunciando primeiro aos Judeus, nas sinagogas e depois aos gentios. Diante da polémica sobre a circuncisão é decido no concílio de Jerusalém que não se deve impor essa obrigação aos não Judeus. Paulo que entretanto prossegue a sua missão evangelizadora e é preso em Jerusalém, apelando à cidadania romana e a César é levado para Roma. Aí toma contacto com os judeus da cidade onde permanece durante dois anos.

Personagem: Apolo

Apolo
O seu nome é referido apenas duas vezes nos Actos dos Apóstolos, em 18,24 e 19,1; sabemos por todo o período compreendido entre estes dois versículos que era um «judeu, natural de Alexandria», «eloquente e conhecedor profundo das Escrituras»; que «era instruído no caminho do Senhor», mas conhecia «somente o baptismo de João».
Mesmo assim, ensinava com ousadia e diligência «as coisas do Senhor», em particular na sinagoga de Éfeso. Foi aí que o escutaram Priscila e Áquila, discípulos de Paulo, os quais «lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus». De Éfeso foi para a Acaia, onde «com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo», ajudando muito, deste modo, os crentes dessa região, em particular os da cidade de Corinto.

David Pernas, n.º 110101041

domingo

Actos

Personagem principal S. Pedro.
Pedro é uma personagem muito fundamental entre outras, sobretudo pela forma da sua conversão e também pelo modo como ele anuncia a boa nova de Cristo através do poder do Espírito Santo. Ora, é a partir do poder do Espírito Santo que ele fará com que os doentes sejam, corados e os coxos tornem andar e os cegos recuperem a vista.
O capítulo 9, 32 apresenta-nos a cura realizada por Pedro em Lida; o homem curado chamava-se Eneias e Pedro diz: “Eneias, Jesus Cristo te cura! levanta-te arruma teu leito”. Temos aqui o poder do Espírito Santo. Capítulo 10, 1-34 e 36-43; 15, 8-10 Pedro fala-nos também da presença do Espírito Santo. Portanto, é Jesus que torna possível a cura.
Por outro lado, digamos que Pedro tem também uma certa ligação com Paulo não só pelo modo como apresentam Jesus, mas também pelo poder que lhes é dado por Deus através do seu Espírito. Porque antes de tudo, é o Espírito de Deus que cura que constrói a própria comunidade ou seja tudo é fruto do Espírito de Deus. O homem é servidor, é mensageiro.
Capítulo 16, 16-18 “Em nome de Jesus Cristo, eu te ordeno que te retires dela”. Temos aqui o poder de Jesus por meio do seu Espírito. e no versículo 29 do mesmo capítulo temos ainda a conversão do carcereiro, Paulo disse a ele: “cré no Senhor e serás salvo tu e a tua casa”.
Na verdade, tanto Pedro como Paulo, têm a preocupação de anunciar a boa nova Jesus Cristo ressuscitado, de maneira que muitos se converteram, muitos ficaram curados das suas enfermidades e outras situações existenciais e espirituais.

Lisboa, 30 de Setembro 2007
O livro dos Actos dos Apóstolos trata-se fundamentalmente de dois temas fundamentais: “missão de Pedro” (dos capítulos 1-12) e “missão de Paulo” (dos capítulos 13-28). Todavia, o livro começa com um pequeno prólogo onde o autor dá-nos a entender de que já tinha escrito algo, anteriormente, acerca de Jesus e que, por conseguinte, narra a história da pequena comunidade que se tinha acabado de nascer, desde Pentecostes, guiada pelo Espírito Santo, até chegar a Roma com Pedro e Paulo.
Pedro leva o evangelho de Jerusalém à Judeia e à Samaria, chegando até a conversão marcante do primeiro pagão, baptizado, Cornélio (Act 10,1-11), o que abriu a porta da Igreja para os não judeus. Paulo promove a evangelização dos gentios mediante três viagens missionárias de grande importância. O capítulo 15 é a ligação entre as duas partes do livro, mostrando Pedro e Paulo juntos em Jerusalém, no ano 49, no importante Concílio de Jerusalém, que aboliu a circuncisão e reconheceu que o Reino de Deus é para toda a humanidade.
Arlindo Tavares