domingo

Podia ter sido Estêvinho mas foi Estêvão

[Act 6,5; 6,8; 6,9; 7,54; 7,59; 8,2; 11,19; 22,20]
[Act 6,1 – 8,3]

Estêvão andava sempre com o Espírito e entregou-o na hora certa.
Nas frases em que o autor de Actos dos Apóstolos se refere a Estêvão relaciona-o sempre com o Espírito [Santo]. Escolhido para servir “às mesas” com outros seis diáconos, Estêvão distingue-se dos seus pares – segundo o narrador – por ser um homem “cheio de fé e do Espírito Santo”, por fazer “extraordinários milagres e prodígios entre o povo”, por falar “com sabedoria e Espírito”, por encarar a sua condenação à morte como intimidade com Cristo por interceder pelos seus assassinos.
Se, para muitos autores, o protomártir da Igreja é descrito e apresentado em estilo epopeico, parece-nos razoável, dado o seu significado. Estêvão personifica a seita tão nova e tão prodigiosa que os cristãos representavam, a fé consciente e coerente a que são chamados todos os seguidores de Jesus Cristo e, por último, o início do “risco da jangada de pedra”: a génese da demarcação do judaísmo e da comunidade de Jerusalém.

Um comentário:

  1. Parece-me que o Tó apesar da pouca informação, pelo menos aparentemente, acerca de Estêvão consegui a partir dessa informação perceber e transmitir o verdadeiro sentido desta personagem. Por outro lado, gosto do modo como escreve, dizendo coisas sérias em tom descontraido.

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